Dos feitos que os portugueses fizeram no Descobrimento e Conquista dos mares e terras do Oriente. Primeira Decada. Quarta edição revista e prefaciada por... conforme a edição Princeps. Scriptores Rervm Lvsitanarum (Série A). Imprensa da Universidade. Coimbra. 1932. De 30x21 cm. Com lxxxii, [ii], 416 págs. Brochado. Ilustrado em extratexto, nas páginas em numeração romana, com um retrato do autor segundo uma gravura antiga, reprodução de um sobrescrito dum ofício real dirigido ao autor e um fac-simile de letra e assinatura do autor. . Exemplar n.º 84 de uma tiragem especial de 100, rubricado por Joaquim de Carvalho Director da Imprensa da Universidade de Coimbra e acompanhado de um selo branco, assinatura de posse de João de Vasconcelos datada de 1942 na folha de rosto, capas manuseadas e com algumas falhas de papel. Edição de António Baião que transcreve com rigor o texto da primeira edição seguindo os critérios de uma edição diplomática, conservando as abreviaturas e mesmo os erros do original. Ásia é uma obra cimeira da história e da literatura de quinhentos, perpassando nela o sopro épico e «a poesia intrínseca, feita de paixão e drama, da empresa dos descobrimentos e conquistas» e por isso serviu de fonte aos Lusíadas. Nesta obra o autor segue modelos historiográficos da literatura latina, tanto na organização da matéria como no estilo, descrevendo todos os vice-reis, episódios históricos, batalhas, navios e as frotas enviadas para a África e Ásia desde 1412 até 1538. Esta Primeira Década (1552): Aborda o período desde o início da expansão portuguesa na Índia até 1505, destacando as navegações de Vasco da Gama e a consolidação das primeiras feitorias no Oriente. Esta década é crucial, pois estabelece o cenário para a formação do Império Português no Oriente, detalhando os desafios e as batalhas que asseguraram o domínio português sobre as rotas comerciais. Foram publicadas mais três décadas, que descrevem os acontecimentos até 1539. João de Barros (Viseu, 1496 Ribeira de Alitém, Pombal, 1570) foi um grande escritor, historiador, pedagogo e gramático do século XVI, deixando uma obra muito variada e de elevado nível literário. Além de outras importantes funções nos reinados de D. João III e D. Sebastião, foi feitor das Casas da Índia e da Mina entre 1532 e 1568. É amplamente reconhecido como um dos mais importantes historiadores e literatos de Portugal, comparado frequentemente ao historiador romano Tito Lívio. Nascido por volta de 1496, a sua origem está envolta em algumas incertezas, com várias localidades a disputar o seu local de nascimento. Severim de Faria, um dos biógrafos mais completos do historiador, aponta localidades como Braga, Viseu, Vila Real e Pombal como possíveis locais de nascimento. Contudo, parece prevalecer a ideia de que Viseu foi a cidade onde João de Barros nasceu, embora essa informação não seja definitiva.