Por... Inventário Artístico de Portugal, I. Academia Nacional de Belas Artes. Lisboa. 1943. De 29,5x23,5 cm. Com lviii, 182, [ii], cxc págs. Encadernação muito luxuosa e de qualidade, inteira de pele, com nervos e belos ferros a ouro nas pastas, lombada e seixas. Preserva a capa de brochura e a lombada. Profusamente ilustrado com fotografias a preto e branco em extratexto sobre papel couché, ao longo de 190 páginas numeradas em romano (indicadas na paginação acima ao fim do volume), mas que se encontram distribuídas pela obra. Inclui também alguns mapas e plantas no texto. Textos dispostos em duas colunas, com exceção dos textos introdutórios. Este volume, a par dos restantes volumes do Inventário Artístico de Portugal, é considerado uma das mais notáveis contribuições à historiografia do património artístico nacional. Referência incontornável para investigadores, historiadores da arte e estudiosos do património de Portalegre. Apresenta preâmbulo de Reinaldo dos Santos e estudo introdutório de Luís Keil nas primeiras páginas em romano. No final inclui índice remissivo de assuntos, índice das estampas e um índice geral. Resultado de uma investigação meticulosa, Luís Keil apresenta um estudo abrangente sobre o acervo artístico desta região, abordando: arquitectura militar, religiosa e civil; escultura; pintura; ourivesaria; tecidos e tapeçarias; cerâmica, mobiliário e obra de talha; e arte do ferro. Segue-se o inventário e a classificação sistemática dos monumentos e obras de arte de interesse arqueológico, artístico ou histórico, ordenada por freguesias e concelhos. O Inventário Artístico de Portugal é uma iniciativa de grande envergadura lançada pela Junta Nacional de Educação em 1938, que incumbiu a Academia Nacional de Belas-Artes de realizar um levantamento sistemático e descritivo dos monumentos, obras de arte e objetos de valor artístico ou arqueológico existentes em Portugal. Concebido como uma ferramenta essencial para a preservação e valorização do património cultural nacional, este projeto envolveu equipas técnicas que percorreram diversas regiões do país, documentando e fotografando o acervo artístico e arquitetónico. Embora não tenha sido concluído na sua totalidade, o Inventário Artístico de Portugal permanece como uma referência fundamental na historiografia artística portuguesa, evidenciando a evolução e a riqueza do património nacional ao longo dos séculos. Luís Cristiano Cinatti Keil (18811947) foi um destacado conservador de arte e investigador português, profundamente ligado ao Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), onde colaborou estreitamente com José de Figueiredo na reorganização das coleções e na formação de novos conservadores. Especialista em artes decorativas, lecionou disciplinas como tapeçarias, cerâmica e ourivesaria, e teve um papel ativo na modernização museológica em Portugal. Entre as suas contribuições mais notáveis está o estudo pioneiro sobre a arte indo-portuguesa, apresentado no Congresso do Mundo Português em 1940, onde analisou as influências artísticas resultantes do encontro de culturas no contexto do antigo Estado da Índia. Em 1942, foi distinguido com o Prémio José de Figueiredo pela obra «Porcelanas Chinesas dos Séculos XVI, com Inscrições em Português», reconhecendo a sua investigação sobre porcelanas chinesas com inscrições em português. Esta obra pesa mais de 5 kg e está sujeita a custos extra de envio. This work weights more than 5kg. It is subjet to extra shipping costs. Ref.: Duarte Manuel Freitas. Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa, p. 140-142. Serrão, Vitor. O INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL DA ACADEMIA NACIONAL DE BELAS-ARTES (1943-2016): AGENTES ENVOLVIDOS E ESTRATÉGIAS DE RECENSEAMENTO. III Colóquio Internacional Coleções De Arte Em Portugal e Brasil Nos Séculos XIX e XX (Sob o Tema As Academias De Belas-Artes. Rio De Janeiro. Lisboa. Porto (1816-1836): Ensino, Artistas, Mecenas, Coleções), Coord. De Marize Malta e Maria João Baptista Neto, Lisboa, Ed. Caleidoscópio, Pp. 69-98, 2016.