4.ª Edição. 11.º milhar. Livraria Editora Guimarães & C.ª. Lisboa. 1923. De 19x12,5 cm. Com 304 págs. Brochado. Exemplar com manchas e pequenos rasgos nas margens das capas. Tem junto um caderno com as páginas 4 a 8 de um exemplar da segunda edição da mesma obra, onde consta o respectivo prólogo. A Catedral é um romance cuja acção se centra em torno dos restauros que o arquitecto Luciano faz numa Sé de Lisboa fictícia, que é restaurada e renovada em 1919. Esta obra é uma fonte de especial interesse para uma análise política e religiosa dos inícios do século XX, com informações férteis por parte do autor neste sentido. Citando José Alberto Ribeiro: « A obra de Manuel Ribeiro é o testemunho literário de um percurso pessoal que parte de uma posição anarco-sindicalista até chegar ao cristianismo. O autor revela um conhecimento profundo sobre conceitos estéticos muito «fin de siécle» e um gosto evidente pela arte medieval, sobretudo o Gótico. Pelo que, este autor defende uma estética da medievalidade e o seu valor simbólico, inserido no contexto de uma herança cultural da época contemporânea, ligada ao resgate de um gosto e de um modelo civilizacional inspirado numa Idade Média cristã, tendo como objectivo uma restauração católica ».